Uma cena no mínimo inusitada chamou a atenção da guarnição do Comando de Polícia Militar Rodoviária (MRv) que realizava deslocamento pela SC-418, Serra Dona Francisca, na região de Pirabeiraba, no início da tarde desta terça-feira, 1° de outubro. O fato aconteceu por volta das 13h15, na altura do Km 12 da rodovia, na região Norte do Estado.
Os policiais estavam indo dar uma palestra na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Campo Alegre, sobre prevenção e Educação no Trânsito, quando se depararam com um cadeirante, no sentido contrário, descendo a rodovia de uma forma totalmente descabida e insegura, colocando sua vida em risco de forma desnecessária.
Com isso, os militares rapidamente fizeram o retorno e o abordaram. Questionado, o homem, de 59 anos, que é natural de Concórdia, mas reside em Florianópolis, explicou que estava gravando um vídeo para o seu canal nas redes sociais.
Ao ser parado, ele não concordou com a abordagem e disse que a guarnição estava lhe atrapalhando. Inclusive questionou os policiais sobre o amparo legal da ordem de parada.
A guarnição o advertiu sobre os riscos e também informou que possuía o dever constitucional de garantir a segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas, conforme preconiza o parágrafo 10 do Art. 144 da Constituição Federal.
Em seguida, mesmo contrariado, ele foi orientado para prosseguisse de outro modo. Com isso, o homem optou por pegar um ônibus de linha e seguiu, de forma segura, seu deslocamento.
“Muitas vezes as pessoas não dimensionam os riscos e acabam se tornando vítimas ou vitimando terceiros”, comentou o cabo Bruno Thomaselli Ronchi, que atendeu a ocorrência.
“Qualquer condutor, tanto na descida como na subida, poderia se distrair ou tentar desviar dele, já que não há acostamento por lá, e, isso por si só, já poderia gerar um sinistro. Sem contar que também poderia acontecer algum imprevisto com a cadeira de rodas, e o final, de igual modo, seria uma lesão grave ou mesmo uma fatalidade, por conta de um eventual atropelamento”, completou o policial rodoviário.
